segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Por que as Ferramentas da Qualidade ainda resolvem 90% dos problemas das empresas?


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Japão, segunda metade da década de 1940, após a Segunda Guerra Mundial.
O país está destruído, a população miserável, problemas de saúde, desemprego ...
Para ajudar a reconstruir o Japão, alguns engenheiros tiveram a ideia de criar uma instituição chamada JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers) em 1946.
JUSE foi criada para compartilhar conhecimentos e boas práticas entre as empresas japonesas para incentivar o desenvolvimento e aumentar a competitividade do país.
No fim da década de 1940 e início da década de 50, a JUSE convidou alguns especialistas americanos em Qualidade e Estatística. Um desses especialistas foi William Deming, ele apresentou seminários no Japão sobre o controle de qualidade. Da mesma forma Moses Juran apresentou seminários sobre administração da qualidade, destacando um papel estratégico da qualidade nas empresas.
Esta mobilização no Japão trouxe uma mudança nos métodos de trabalho e tornou a indústria japonesa em um modelo de excelência.
Vários engenheiros japoneses trabalharam com estes conceitos e tornaram-se peritos, gurus, enfim, referências em qualidade.
Um destes homens foi Kaoru Ishikawa. Ishikawa foi um grande engenheiro químico e teve atuação destacada na JUSE. Ele foi responsável pela estrutura dos Círculos da Qualidade, as equipes de melhoria formada por operadores no chão-de-fábrica.

Além disso, Ishikawa também desenvolveu o modelo TQC (Total Quality Control). Um modelo para aplicar em organizações com os princípios da Qualidade.
Finalmente, Ishikawa formatou as chamadas “7 Ferramentas da Qualidade” para serem usadas ​​na análise de problemas, sobretudo pelos Círculos da Qualidade.
Ele não criou as 7 ferramentas, apenas uma destas ferramentas foi desenvolvida por ele. No entanto, sua ideia de criar um kit de ferramentas foi excelente e é quase impossível realizar uma análise de causa raiz sem a aplicação de pelo menos uma das 7 ferramentas.
Vamos ter uma compreensão global das 7 Ferramentas da Qualidade:
- Fluxograma: Representação gráfica de uma sequência de elementos na realização de uma atividade.
- Folha de Verificação: Um recurso útil para reunir dados de uma forma organizada.
- Gráfico de Pareto: Ferramenta utilizada para visualização de fatores de maior impacto e priorização.

- Diagrama Causa e Efeito, ou Diagrama Ishikawa, ou Diagrama Espinha de Peixe, ou Diagrama 4Ms: Criado pelo professor de Ishikawa, é a ferramenta de análise mais aplicada entre todos. Permite visualizar relações de causa e efeito entre fatores.

- Diagrama de Dispersão: É perfeito para avaliar a correlação entre duas variáveis continuas.

- Histograma: Apoia no entendimento da distribuição de um fenômeno. Se você entender a distribuição, é possível prever resultados e direcionar as ações de melhoria.

- Cartas de Controle: Desenvolvido pelo mestre Andrew Shewhart na década de 1920, elas são usadas para detectar situações anormais do processo.

Em artigos futuros exploraremos individualmente cada uma destas 7 ferramentas.
Quais vocês te maior interesse em aprofundarmos mais?

Artigo elaborado por Anderson Carmo, diretor do Melhoria Contínua Lean Brasil
site: http://www.mclb.info

Data: 09 de novembro de 2015

Um comentário:

  1. A resposta da questão título me parece simples: Praticamente todos os defeitos tem origem em fenômenos físicos ou no comportamento humano.
    Os fenômenos físicos são imutáveis e a essência do ser humano varia muito lentamente no tempo e no local.
    Difícil é e sempre será prevenir e remediar as consequências. Tarefa permanente.

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